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cacete e em pleno gozo de saúde e robustez, já de punho fechado se dispunha a responder-lhe com meia dúzia de sopapos, quando uma idéia que atravessou-lhe o espírito deteve-lhe o braço.

– Ouviu o quê, senhor amansa-garrotes? perguntou ele. Fale; não esteja a me impacientar com suas meias palavras.

– Ouvi, sim; ouvi o senhor estar se derretendo todo, e dizendo melúrias a minha prima; até por sinal, que estava lhe falando assim: hei de amá-la sempre; nunca mais hei de dei­xar de amá-la.

A estas palavras Eduardo, apesar da triste e grave dispo­sição em que se achava, apesar da impaciência e indignação, que lhe causavam as impertinências e impropérios do primo, não pôde conter uma gargalhada.

– E o senhor ainda ri-se! bradou Roberto enfurecido, e avançando com gesto ameaçador.

– Tenha mão lá, senhor Roberto; disse Eduardo segu­rando-lhe brandamente o braço. O caso não é para brigar­mos...

– Como não? queria ainda mais?

– Ora venha cá, escute um pouco, senhor Roberto dos meus pecados. Eis aí a que nos podem levar as aparências. Um engano da sua parte o ia levando a praticar desatinos contra uma pessoa que