Dez minutos depois elle o recebia.
O moço levou aos labios o bilhete e guardou-o na carteira.
A saude de Palmyra, alterada, por essas emoções violentas foi se restabelecendo, graças a sollicitude: o moço procurava vel-a de dois em dois dias, não cessando de com ella corresponder-se por escrito.
Já seu pae, se persuadia, que ella tivesse esquecido o moço, quando uma tarde chegou á casa acompanhado por um amigo então deputado pela provincia de ...
Apresentou-o a sua esposa, e a Palmyra, como um de seus amigos.
Por ambas foi recebido com toda a polidez.
O deputado conversou, por algum tempo com Palmyra, em quanto seu pae conversava em voz baixa com sua mãe.
Depois, seu pae chamou-a para junto de si e disse-lhe affectuosamente:
— Minha filha, eu estou ficando velho, e não se passa um só dia em que não pense no teu futuro. Felizmente a providencia veio em meu auxilio...
A moça tinha os olhos baixo e desfolhava uma rosa que lhe tinha offerecido o deputado.
Este, olhava attentamente para ella, ancioso por ouvir a resposta que ella daria.
— Como te dizia minha filha, continuou o pae, a Providencia veio em meu auxilio. O Senhor D’ *** fazendeiro, e deputado, acaba de pedir-me a tua mão.
É um moço digno de estima pelas suas qualidades, e pela posição que occupa na sociedade.
Eu approvo de coração esta união e espero que me darás o prazer de dar o teu sim, para quanto antes effectuar-se teu casamento. Ficarás morando comnosco, e irás visitar a fazenda de teu futuro esposo quando bem quizeres.
Palmyra conservava-se calada. Mortal pallidez lhe tingia as faces.
— Consentes, não é minha filha?
Uma lagrima deslisou pelas faces da moça.
— Meu caro amigo, não insista mais. O silencio da senhora sua filha creio que pode ser por nós tomado como uma affirmativa. Demais pode ella querer pensar.
— Não ha que pensar, respondeu o pae. Está decidido.... ella quer, porque seus paes o querem. O senhor, quando quer effectuar o casamento?