— A senhora me arrumou com um dia-de-judeu! Nunca mais me bote flor neste... neste puito, dona!

Macunaíma era desbocado duma vez. Falara uma bocagem muito porca, muito! A cunhatã não sabia que puito era palavra-feia não e enquanto o heroi voltava aluado com o caso pra pensão, ficou se rindo, achando graça na palavra. “Puito... ”que ela dizia. E repetia gosado: “Puito... Puito ”... Imaginou que era moda. Então se pôs falando pra toda a gente si queriam que ella botasse uma rosa no puito deles. Uns quiseram outros não quiseram, as outras cunhatãs escutaram a palavra, a empregaram e “puito ”pegou. Ninguem mais não falava em boutonnière por exemplo; só puito, puito que se escutava.

Macunaíma ficou de azeite uma semana, sem comer sem brincar sem dormir só porquê desejava saber as linguas da terra. Lembrava de perguntar pros outros como era o nome daquele buraco mas tinha vergonha de irem pensar que ele era ignorante e moita. Afinal chegou o domingo pé-de-cachimbo que era dia do Cruzeiro, feriado novo inventado pros brasileiros descansarem mais. De manhã teve parada na Mooca, ao meio-dia missa campal no Coração de Jesus, ás dezessete corso e batalha de confetes na avenida Rangel Pestana e deboite, depois da passeata dos deputados e desocupados pela rua Quinze, iam queimar um fogo-