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De espirito, pois nunca imaginou
Que, n'um peito divino, um coração
Divino fôsse triste e assim falasse!
E Apolo, conhecendo o grande espanto
De Marános:
 «Eu falo como um Deus,
Como um homem tu ouves; mas no entanto,
Devias entender minhas palavras;
Este verbo de luz que o Outomno murcha,
Como estiola as flôres e as folhagens.
O Outomno faz-me triste e empalidece
Aleu rosto ardente e vivo que as Paisagens
Adoram...
 Mas que serve ser amado?
Antes a dôr creadôra que o prazer
Extático, passivo e já criado!
Homens, o vosso culto me perturba!
O Fumo vão das victimas ensombra
Meus olhos ... e esta luz que eu semeava,
Dá florescencias palidas de sombra,
Rosas de bruma e lyrios de tristeza...
Que a minha dôr divina se modere
Ao contacto da terra; e a vizinhança
Do que é mortal e vivo retempere
A eternidade morta da minh'alma!...»


E nos labios de Apolo escura nuvem
Toldára-lhe as palavras ... e o seu loiro
Cabelo em êrmas ondas ondulava...
E continuou tangendo a Lyra de oiro.


Lá nos fins do planalto, mais ao longe,