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Quero em teu colo amavel descançar
Esta fronte scismatica...


 E a Mulher
Toda ela se continha em seu olhar...
E disse n'um sorriso: «Aqui me tens!»
E Marános, então, em vivo ardôr,
Os braços lhe estendeu; quiz abraçá-la!
Mas tornou-lhe a Donzela, com amor:


«Tu julgas ver o corpo que cingiste
N'aquele cair de noite e de silencio,
E que ao fugir de ti, ficou mais triste
Do que uma sombra morta caminhando?
Ah, como te enganaste! E tenho pena
Que esta animica Imagem que te fala;
Esta Vida translucida e serena,
Não seja o corpo em flôr que tu desejas!
Pois quem sou eu? Apenas a Saudade
Da Pastora que, um dia, te encantou!
Sou a longinqua Nuvem de anciedade
Que enche teus olhos de agua e de penumbra...
Sou a eterna Saudade que levaste
D'essa Pastora simples e adorada!
E n'ela foi seu vulto mais presente
Que o proprio Deus na Hostia Consagrada!
N'ela foi seu cabelo, a sua fronte;
N'ela fôram seus gestos doloridos:
Assim um rio leva as margens verdes,
Passarinhos e nuvens reflectidos...


«Toda ela vive e sonha n'esta Imagem