de Hayes, à qual chamou o mais portentoso acontecimento na história da América. América quer dizer Estados Unidos, porque no México e no Peru há, cada dia, acontecimentos desses muito mais portentosos. ‘Os males no governo crescem com o êxito e com a impunidade. Não se restringem a si mesmos voluntariamente. Não podem ser nunca limitados senão por forças externas. Uma grande e nobre nação não separa a sua vida política da sua vida moral.’ Tudo isto é muito exato. O Brasil é a prova. Deve o povo, ou não, fazer política? O adiantamento de um país prova-se pela extensão da idéia de que a política é inseparável dos mais vitais interesses da sociedade, e por aí, de cada um. No Brasil, essa idéia não se derramou, pelas condições especiais em que nos achamos, de território, população, trabalho escravo, etc. Aqui ela está em cada cabeça. O que mais me surpreendeu nessa reunião de Manhattan, foi o governador de Nova York, este de jure e de facto, mr. Robinson, chamar em público ao presidente dos Estados Unidos um presidente fraudulento. Depois de ter dito que não teriam que esperar até 1880 para pô-lo fora da Casa Branca, terminou assim, referindo-se a Tilden e a Hendricks: ‘Fellow citizens, tivestes a primeira oportunidade de saudar o presidente e o vice-presidente dos Estados Unidos depois da sua eleição. Eu vos felicito e acredito que este é apenas um presságio de fatos