da França não acha a quem se entregar... O último em França dos grandes homens do passado não nomeou sucessor...”
“Setembro, 11. Muito se tem dito sobre as mudanças de Thiers. Quando se procura saber por que esse pequeno marselhês, nascido pobre, sem família, exposto ao ridículo e ao desdém dos seus competidores aristocratas, atravessou tantos governos diversos, sem nunca perder a sua importância política, até vir a ser, na extrema velhice, o Libertador do Território, encontra-se a explicação dessas mudanças. Quando tantos homens de talento, caráter, fortuna e prestígio social representavam o seu papel em um regime e desapareceriam, Thiers era sempre contado como um poder político. Foi seu destino fundar e destruir governos, mas não se pode acusá-lo de se ter divorciado da França em nenhum desses momentos. Mudou sempre com o país. A sua grande mudança final de monarquista para republicano coincidiu com o seu interesse pessoal como primeiro presidente da República, mas coincidiu também com a conversão das classes médias, não ao princípio republicano, mas à idéia de que só a República era possível. Sempre a França, nos seus movimentos liberais, o encontrou ao seu lado. Durante o Império, ele fez uma oposição patriótica, que teria, talvez, evitado Sedan e conservado a dinastia, se o não considerassem orleanista. Quando concorreu para colocar Luís Filipe