a força corrosiva da democracia é ainda mais enérgica? A Monarquia na Nova Inglaterra, teria, provavelmente, exercido maior influência sobre as velhas Monarquias européias do que exerceu a grande República, e outra espécie de influência sobre o resto da América.
Depois da recepção e do acolhimento que d. Pedro II teve nos Estados Unidos em 1876, não era mais lícito duvidar de que para a inteligência culta do país a Monarquia constitucional, representada por uma dinastia como a brasileira, era um governo muito superior às chamadas repúblicas da América Latina. Perante multidões americanas nem sempre conviria, talvez, ao orador dizer isso; ele poderia às vezes declamar que a pior das repúblicas é um progresso sobre a melhor das monarquias, mas eu sentia que falar assim era o privilégio do demagogo irresponsável, e que esse não fora o sentimento dos Washingtons, dos Hamiltons, dos Jeffersons, nem é o dos que procuram seguir-lhes as tradições. O efeito do republicanismo norte-americano só podia ser para mim o de corrigir o que houve de supersticioso no meu monarquismo, tirar-lhe tudo o que parecesse direito divino, consagração super-humana. Entre os dois espíritos, o inglês e o norte-americano, eu não via oposição, como não há oposição entre as duas raças e as duas sociedades; não havia nada mais fácil de compreender e conciliar do que a admiração com