que Gladstone fala dos Estados Unidos e a admiração dos escritores mais respeitáveis da América pela Constituição inglesa.

Nenhuma das minhas idéias políticas se alterou nos Estados Unidos, mas ninguém aspira o ar americano sem achá-lo mais vivo, mais leve, mais elástico do que os outros saturados de tradição e autoridade, de convencionanismo e cerimonial. Essa impressão não se apaga na vida. Aquele ar, quem o aspirou uma vez, prolongadamente, não o confundirá com o de nenhuma outra parte; sua composição é diferente da de todos.

Quanto a mim, fui tratado com tanta benevolência, encontrei tão generoso acolhimento nos Estados Unidos, que ainda hoje me reconforto nessas doces recordações. A impressão geral que me deixou o que vi na América do Norte, é uma impressão de nitidez; tudo é nítido, de contorno perfeito e incisivo, como uma medalha antiga. O inglês fará tudo sólido; o francês elegante; o americano procura fazer nítido, clear cut. Isso reconhece-se logo em qualquer estampa americana. Há uma perfeição à parte, que é a perfeição americana, distinta do último toque que o inglês ou o francês dá as coisas, perfeição real, incontestável, como é a japonesa. Pode-se preferir o modo de ver, ou, antes, o modo de olhar – a arte não é no fundo senão um modo de olhar, uma questão de ângulo visual – ,do europeu