panheiros, poderia substituir perfeitamente o mastro do navio ou o pau da gibba. Mas evidentemente essas brincadeiras e outras analogas nunca tinham podido fazer sorrir o lobo do mar. Com um grande nariz de falcão, um queixo fugente e deprimido, uns enormes olhos brancos protuberantes, a sua physionomia, posto que exprimindo uma especie de indifferença geral, não deixava de ser séria e solemne além de toda a imitação ou descripção.
O segundo marujo era, pelo menos apparentemente, a inversa e a reciproca do primeiro. O seu corpo carnudo e pesado assentava sobre um par de pernas arqueadas e rechonchudas, emquanto os braços, singularmente curtos e grossos, terminados por pulsos mais que ordinários, pendiam-lhe aos lados, balançando-se no ar como as barbatanas de uma tartaruga. Tinha os olhos muito pequenos, sem cor definada e profundamente cravos nas orbitas. O nariz ficava enterrado na massa de carne que lhe envolvia as faces redondas, cheias e vermelhas; o labio superior, grosso e rosado, repousava complacentemente sobre o inferior, ainda mais grosso, com um ar de satisfação pessoal, augmentada pelo habito que tinha o proprietario dos ditos labios de os lamber de vez em quando.
Evidentemente, este ultimo olhava para o seu camarada de bordo com um sentimento meio de espanto, meio de sarcasmo; e ás vezes em quando o contemplava frente a frente, dir-se-hia o sol purpureado contemplando, antes de se deitas, o cume dos rochedos de Ben-Nevis.
Comtudo, a peregrinação dos dois amigos pelas differentes tabernas da vizinhança, durante as primeiras horas da noite, haviam sido variadas e cheias de acontecimentos. Mas os fundo, por mais vastos que sejam, não podem durar sempre; era pois com as algibeiras