Como um fuzil no cérebro fervente.
E pensava dos loucos no delírio,
Na escura treva da vertigem tonta;
Temia — a morte não — mais — a loucura.

Oh ! livra-se o Senhor que apoz das magoas
Que o seio lhe hão crestado em agonias
D a doudice viesse a nevoa escura
Mergulhar-lhe o espirito ! —

          Antes, antes
D a agonia mortal o torpor gélido !
Antes a morte fria — o cemitério
E r m o e isolado, com seu chão de lousas,
Antes o somno do humido jazigo...
……………
Meu Deus ! e apoz de tanto sofifrimento,
De tantas baldas lagrimas vertidas,
D e tanto fel bebido em taça amarga,
D e plebe estulta no hospital ser inda
Triste ludibrio de insolente escarneo !

Foi poeta — cantou — sonhou. — Mas hoje
Era-lhe morta a inspiração no peito,
Fugira a poesia, a insomnia sua
Secca das lagrimas a esponja nelle. —

II

O poeta enlouqueceu — A alma sublime
Perdera o sizo — Como uma águia em trevas