O Pequeno Milagre

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rio. Colocando-se de pé próximo a uma cadeira, Pepino contou toda a história sobre Violetta, a necessidade de levar ela até o túmulo de São Francisco, sobre como o supervisor o tratou e também sobre o padre Damico. Falou também sobre a segunda entrada para a cripta, o sorriso de Violetta e seu amor por ela — tudo, de fato, que estava em seu coração e agora transbordava para o simpático homem sentado quieto atrás da mesa.

E então, ao cabo de meia-hora, Pepino havia saído da reunião, tendo a certeza de que era o menino mais feliz do mundo. Não só por ter sido abençoado pelo Papa, mas também porque dentro de sua jaqueta haviam duas cartas: uma endereçada ao supervisor do monastério de Assis e outra para o padre Damico. Ele não se sentia mais pequeno e oprimido quando saiu para a praça novamente, passando pelo surpreso (porém muito feliz) guarda suíço. Ele sentiu a sensação de que em breve poderia montar, saltar e correr ao lado de sua Violetta.

Mesmo assim, ele tinha que se preocupar com o lado prático do transporte para casa. Ele fez seu caminho por meio de um ônibus que o levou até onde a Via Flaminia torna-se uma estrada de chão batido rumando para norte, e então, fez sinal com seu polegar olhando para trás e antes do cair da noite, com muita sorte, estava de volta a Assis.

Depois que uma visita a Violetta assegurou-lhe de que ela fora bem cuidada (e que ao menos não estava pior do que antes dele partir), Pepino orgulhosamente foi visitar o padre Damico e apresentou-lhe as cartas conforme foi instruído.

O Padre manuseou o envelope destinado ao supervisor e, então, com uma grande onda de calor e felicidade, leu aquela que foi endereçada a ele. Ele