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Paul Gallico


coices que acertaram a parte do arco que estava frágil. Um tijolo caiu e uma rachadura apareceu.

Padre Damico saltou e puxou para longe o garoto e a mula da parte do arco que estava colapsada, expondo um pedaço da antiga parede e o buraco que estava atrás, antes de tudo ficar coberto por uma nuvem de poeira.

Mas quando a poeira baixou, o bispo olhava para alguma coisa que se encontrava em um nicho do buraco agora revelado. Era uma pequena caixa de metal acinzentada. Mesmo distante, eles conseguiam ver o ano 1226 — que foi quando São Francisco morreu — gravado na lateral e uma larga letra F, como uma inicial.

A respiração do bispo veio na forma de um suspiro. — "Ah, será que realmente é isto? O legado de São Francisco! Frade Leo o mencionou. Ele foi escondido séculos atrás, e desde então ninguém havia o encontrado."

O supervisor disse roucamente: — "Seu conteúdo! Vamos ver o que há dentro — pode ser valioso!"

O bispo hesitou. — "Talvez seja melhor esperarmos um pouco, visto que este achado em si é um milagre."

Mas padre Damico, que era um poeta e para quem São Francisco era um espírito vivo, clamou: — "Abram isto, eu imploro! Todos que estão aqui são humildes. Certamente foi a Providência que nos guiou até aqui."

O abade levantou a lanterna. O pedreiro, com as mãos cuidadosas de um homem honesto, habilmente liberou as presilhas e abriu a tampa da caixa hermética. Esta se abriu com o rangido de suas dobradiças antigas e revelou o que havia sido guardado lá há mais de sete séculos atrás.