orientações diferentes, em antagonismo, disputando-se valorosamente o predomínio do momento, ainda que sem fragor, nem escândalo — o parnasianismo e o nefelibatismo —, o primeiro, correspondendo, na ordem filosófica, ao materialismo; o segundo ao espiritualismo.

— Qual a que julga destinada a predominar?

— Necessariamente a última, como a melhor aparelhada para as responsabilidades do momento estético brasileiro, como a mais consentânea com a transformação, que de tempos se vem operando na alma popular nacional. Devo dizer-lhe que não estou de modo algum filiado a nenhuma delas, embora já me acoimassem pelas colunas de jornais de chefe do simbolismo. Todavia a verdade, de tal qual a vejo nos meus segundos de filósofo, é essa.

Desbastadas as arestas que o nefelibatismo ainda apresenta, cortados em seus produtos certos exageros, aliás desculpáveis, ver-se-á não contar o lirismo com substituto mais digno, nem mais sério.

Dispense-me fundamentar o conceito; levar-nos-ia longe e, como o assegura o inglês, time is money.

— Quanto à prosa?...

— No relativo à prosa, ou, melhor, ao romance, também a luta é a nota em destaque. Três tendências