da garrafa da sacristia com uma rapidez incrível. Macário desconfiava da concorrência de José do Lago, um troca-tintas que aprendia com o Chico Fidêncio, e nada fazia que prestasse. Abrira a caixinha das hóstias e verificara que estava bem sortida. Já não eram as hóstias moles e amareladas, sabendo a bolor, de que usava o defunto vigário. Viera provisão nova de lâminas finas, duras, alvas, de farinha torrada, parecendo obreias, e o hostiário era reluzente e belo, um rico mimo que o reitor do Seminário grande do Pará fizera a padre Antônio, por intermédio do mesmo Filipe. Depois Macário tirara fora da cômoda os ricos paramentos sagrados de S. Rev.ma, tudo novo e bonito como Silves nunca vira. A capa-magna safra da gaveta para pôr-se em evidência sobre a cômoda, porque tinha de servir aquele dia, na cerimônia do casamento. S. Rev.ma fazia aquela distinção à noiva, por causa do Neves Barriga, que o recebera muito bem quando chegara a Silves, já lá se iam três meses.