210
o sertanejo
sem que se offenda á Deus. Nós viviamos felizes ha tanto tempo, mãi !
Arnaldo proferiu as últimas palavras com a voz commovida, e apoiou a fronte na face da cabreira, que lhe tinha lançado os braços ao pescoço para conchega-lo a si.
— Graças á Virgem Santissima, ainda se hade remediar tudo. Tenho fé na minha Senhora da Penha, ella que sempre me tem valido.
Ergueu Arnaldo a cabeça com gesto brusco e arrancou-se dos braços da mãi, para applicar toda attenção ao estrepido que lhe ferira o ouvido. A mãi sorriu com disfarce.
— Flor ? interrogou o sertanejo em tom submisso.
Justa afirmou com a cabeça.