Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v3.djvu/18

«Há vocações, que reproduzem os prodígios das sibilas antigas. Profetizam involuntariamente sobre a trípode, e deixam-se arrastrar pelo entusiasmo de suas próprias palavras. O jovem poeta não cantava, somente para que as turbas se deixassem comover pela harmonia dos seus cantos; cantava porque lhe ardia no peito um fogo devorador, porque a sua alma ébria e palpitante, lhe acendia a imaginação, e como lhe intimava que traduzisse aos outros a magia dos seus sonhos, o fervor dos seus desejos, o esplendido irradiar da sua esperança. »

Digamos algumas palavras a respeito do escritor, e deixando de parte tudo quanto se tem escrito neste ponto, vamos emitir nossas próprias reflexões.

Não é um artigo de critica o que fazemos aí; não vamos tão longe, que cansaremos no caminho; o que escrevemos são puramente nossas impressões e não nos peçam mais do que isto.

Álvares de Azevedo pertence a essa escola romântica, em que avultam ás figuras gigantescas de Shakespeare, e Byron e Lamartine.