Odes Modernas 21

Ha n'isto quanto baste para morte...
Para fechar os olhos sobre a vida
Eternamente, abandonando á sorte
A palma da victoria dolorida!
Ha quanto baste por que já se corte
A amarra do destine, emfim partida,
Com um grito de dôr, que leve o vento
Onde quizer — a morte e o esquecimento!


IV



Mas que alma é a tua então, Homem, se ainda
Pódes dormir o sonho da esperança,
Em quanto a mão da crueldade infinda
Teu leito te e te balança?
Que fada amiga, que visão tão linda
Te enlaça e prende na dourada trança.
Que não ouves, não vês o negro bando
Dos lobos em redor de ti uivando?