Deste festejo.» — Todos lhe obedecem:
Dão água ás mãos arautos; as crateras
Coroando moços, distribuem copos
Em derredor; e, no brasido as linguas.
Em pé libam de novo e á larga bebem.270

Já Minerva e Telemacho desejam
Tornar-se a bordo; mas Nestor o impede:
«De vos deixar partir o Céo me guarde,
Como infeliz trapento, a quem falecem
Agasalhos de mantas e tapetes:275
Hei tudo, e á farta; no convés não durma
Do amigo o nada; eu vivo, ou meus herdeiros,
Para hospitais deveres exercermos.»

«Justo, ancião, discorres, diz Minerva:
Aqui pernoite o príncipe contigo;280
Vou confortar a gente e prover tudo.
Prezo-me eu só de velho; os mais vieram
Eqüevos e a Telemacho votados.
Hei de a bordo encostar-me, e alvorecendo,
Aos honrados Caucomes dirigir-me,285
Antiga a recobrar grossa quantia
Em coche um dos teus filhos o encaminhe,
Rijos lhe empresta alipedes cavalos.»

Dali, como um xofrango, a de olhos garços
Desaparece com geral assombro;290
A Telemacho a dextra o velho aperta:
«Não serás, filho, imbele e sem virtude,
Pois tão jovem te assiste uma deidade;
É certamente a predadora Palas,
Que a teu pai distinguia. Oh! tu rainha.295
Glorifica-me e a prole e a casta esposa!
Imolarei do jugo intacta aneja,
De larga fronte com dourados cornos.»

Aceita a prece, á regia com seus filhos
E genros parte; e, em ordem colocados,300
Ele o vinho mistura de anos onze.
De ânforas que destapa a despenseira,
Brinda e roga á do Egifero progênie.
Para dormir, saciados se despedem:
Nestor o divinissimo Ulisseida305