OS MAIAS
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— ­E agora, disse ella sorrindo, mande-o ir á egreja da Graça.

— ­A senhora condessa vai beijar o pé do Senhor dos Passos?

Ella corou de leve, murmurou:

— ­Ando fazendo as minhas devoções...

Depois saltou ligeiramente para o coupé — ­deixando Charlie, que Carlos ergueu nos braços e lhe collocou ao lado, paternalmente.

— ­Que Deus a leve em sua santa guarda, senhora condessa!

Ella agradeceu com um olhar, um movimento de cabeça — ­ambos tão doces como caricias.

Carlos subio: e, sem tirar o chapéo, ficou ainda enrolando uma cigarrette, passeando n’aquella sala sempre deserta, sempre fria, onde ella deixara agora alguma cousa do seu calor e do seu aroma...

Realmente gostava d’aquella audacia d’ella — ­ter vindo assim ao consultorio, toda escondida, quasi mascarada n’uma grande toilette negra, inventando um caroço no pescocinho são de Charlie, para o vêr, para dar um nó brusco e mais apertado n’aquelle leve fio de relações que elle tão negligentemente deixara cahir e quebrar...

O Ega d’esta vez não phantasiara: aquelle bonito corpo offerecia-se, tão claramente como se se despisse. Ah! se ella fosse de sentimentos errantes e faceis — ­que bella flôr a colher, a respirar, a deitar fóra depois! Mas não: como dizia o Baptista, a senhora condessa nunca se tinha divertido. E o que