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OS MAIAS

hands, atirou o chapéu para a nuca, ia abalar, quando a voz de Affonso o deteve:

— ­Ouve la, John, dizia o velho alegremente, isso é uma espada cá da casa, que nunca brilhou sem gloria, creio eu... Vê como te serves d’ella!

Ao pé do resposteiro, Ega voltou-se, exclamou, apertando contra o peito do paletot o ferro, enrolado, no Jornal do Commercio:

— ­Não a sacarei sem justiça, nem a embainharei sem honra. Au revoir!

— ­Que vida, que mocidade! murmurou Affonso. Muito feliz é este John!... Pois vae-te arranjando filho, que já tocou a primeira vez para o almoço.

Carlos ainda se demorou um instante a reler, com um sorriso, a apparatosa carta do Gouvarinho; e ia emfim chamar o Baptista para se vestir, quando em baixo, á entrada particular, o timbre electrico começou a vibrar violentamente. Um passo ancioso ressoou na ante-camara, o Damaso appareceu esbaforido, d’olho esgazeado, com a face em braza. E, sem dar tempo a que Carlos exprimisse a surpreza de o ver emfim no Ramalhete, exclamou, lançando os braços ao ar:

— ­Ainda bem que te encontro, caramba! Quero que venhas d’ahi, que me venhas ver um doente... Eu te explicarei... É aquella gente brazileira. Mas pelo amor de Deus, vem depressa, menino!

Carlos erguera-se, pallido:

— ­É ella?

— ­Não, é a pequena, esteve a morrer... Mas ves-