Dentro do coupé, um ramo enorme enchia quasi o assento.
— Era para ella, disse o Damaso, pondo-o sobre os joelhos. Pela-se por flores.
Apenas o coupé partiu, Carlos cerrando a vidraça, fez a pergunta que desde a apparição do Damaso lhe faiscava nos labios.
— Mas então tu, que querias quebrar a cara a esse Castro Gomes?..
O Damaso contou logo tudo, triumphante. Fôra tudo um equivoco! Ah, as explicações do Castro Gomes tinham sido d’um gentleman. Senão quebrava-lhe a cara. Isso não, desconsiderações, a ninguem! a ninguem! Mas fôra assim: os bilhetes de visita que elle lhe deixara conservavam o seu adresse do Grand Hotel em Paris. E o Castro Gomes, suppondo que elle vivia lá, obdecendo á indicação, mandara para lá os seus cartões! Curioso, hein? E de estupído... E a falta de resposta aos telegrammas fôra culpa de Madame, descuido, n’aquelle momento de afflicção, vendo o marido com o braço escavacado... Ah, tinham-lhe dado satisfações humildes. E agora eram intimos, estava lá quasi sempre...
— Emfim, menino, um romance... Mas isso é para mais tarde!
O coupé parara á porta do Hotel Central. Damaso saltou, correu ao guarda portão.
— Mandou o telegramma, Antonio?
— Já lá vae...
— Tu comprehendes, dizia elle a Carlos, galgando