OS MAIAS
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Steinbroken que se acercou, todo florído, de chapéo branco, ferradura de rubis na gravata, mais esticado, mais loiro, mais inglez, n’este dia solemne de sport official.

— ­Ah, comme vous êtes belle, comtesse!... Voilá une toilette merveilleuse, n’est ce pas, Maia?... Est ce que nous n’allons pas parier quelque chose?

A condessa contrariada, querendo fallar a Carlos, risonha todavia, lamentou-se de ter já uma fortuna compromettida... Emfim sempre apostava cinco tostões com a Filandia. Que cavallo tomava elle?

— ­Ah, je ne sais pas, je ne connais pas les chevaux... D’abord, quand on parie...

Ella, impaciente, offereceu-lhe Vladimiro. E teve de estender a mão a outro filandez, o secretario de Steinbroken, um moço loiro, lento, languido, que se curvara em silencio diante d’ella, deixando escorregar do olho claro e vago o seu monoculo d’ouro. Quasi immediatamente Taveira excitado veiu dizer que Clifford retirara a Mist.

Vendo-a assim cercada, Carlos affastou-se. Justamente o olhar de D. Maria, que o não deixara, chamava-o agora, mais carinhoso e vivo. Quando elle se chegou, ella puxou-lhe pela manga, fel-o debruçar, para lhe murmurar ao ouvido, deliciada:

— ­Está hoje tão galante!

— ­Quem?

D. Maria encolheu os hombros, impaciente.

— ­Ora quem! Quem ha-de ser? O menino sabe perfeitamente. A condessa... Está de appetite.