I.


A PALESTRA NA POUSADA JOÃO.


O Sr. Clubin era o homem que espera a occasião.

Era baixo e amarello, com a força de um touro. O mar não podia com elle. Tinha uma carne que parecia cera. Era da côr de uma tocha e tinha nos olhos uma luz discreta. A sua memoria tinha um quê de imperturbavel e especial. Vêr um homem uma vez era conserval-o como se fosse uma nota em um registro. O olhar laconico apunhalava. A palpebra tirava a prova de um rosto, e conservava-o; não importava que o rosto envelhecesse depois, o Sr. Clubin não deixava de reconhecel-o. Era impossivel fugir áquella memoria tenaz. O Sr. Clubin era breve, sóbrio, e frio; não fazia gesto algum. Tinha uns ares de candura que prendiam logo. Muitas pessoas acreditavam-n’o simplorio; trazia no