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A construcção dos cáes actuaes fez demolir a pousada. Naquella época vinha o mar até a porta S. Vicente e a porta de Dinan; S. Malo e S. Servan communicavam-se nas marés baixas por meio de carrinhos que rolavam e circulavam entre os navios em secco, evitando as boias, as ancoras e os maçames, e arriscando-se às vezes a rasgar a coberta de couro em alguma verga baixa. No intervallo de duas marés, os cocheiros fustigavam os cavallos, naquella mesma arêa, onde, seis horas depois, vinha o vento chicotear as vagas. Na mesma praia andavam outr’ora os vinte e quatro cães, porteiros de S. Malo, que devoraram um official de marinha em 1770. Tamanho zelo fez suprimir os cães. Já não se ouve agora latidos nocturnos entre o pequeno e o grande Tallard.

O Sr. Clubin ia á pousada João. Era alli o escriptorio francez da Durande. Os guardas da alfandega e os guardas da costa ião comer e beber na pousada João. Faziam rancho á parte. Os guardas da alfandega de Binic encontravam-se, vantajosamente para o serviço, com os guardas da alfandega de S. Malo.

Também lá iam os mestres de navio, mas comiam em outra mesa.

O Sr. Clubin assentava-se ora n’uma, ora n’outra, mas preferia a dos guardas á dos mestres. Era bem recebido em ambas.

As mesas eram bem servidas. Haviam as mais apuradas bebidas estrangeiras para os maritimos expatriados. Um marinheiro gamenho de Bilbáo acharia alli um copo de helada. Bebia-se stuol como em Greenwich, e gueuse, como em Anvers.

Capitães de longo curso e armadores tomavam