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provavelmente um quaker. Baixava os olhos com modestia.

Chegando á pousada João, o Sr. Clubin soube que o Tamaulipas ia aparelhar dentro de 10 dias.

Soube-se depois que elle tomara outras informações.

Á noite, entrou em casa do armeiro da rua de S. Vicente, e disse-lhe:

— Sabe o que é um revolver?

— Sei, respondeu elle, é americano.

— É uma pistolla que renova sempre a conversação.

— Na verdade, ella tem pergunta e resposta.

— E replica.

— É justo, Sr. Clubin. O cano é gyrante.

— E cinco ou seis balas.

O armeiro levantou o cantinho do beiço e fez ouvir aquelle estalo de lingua, que, acompanhado de um movimento de cabeça, exprime a admiração.

— A arma é boa, Sr. Clubin. Creia que ha de vir a ser universal.

— Eu queria um revolver de seis tiros.

— Não tenho desses.

— Pois que, o Sr. não é armeiro?

— Mas ainda não tenho disso. Bem vê que é cousa nova. Em França só se fazem pistolas.

— Diabo!

— É cousa que ainda não está no commercio.

— Diabo!

— Tenho pistolas excellentes.

— Quero um revolver.

— Convenho que é melhor. Mas, espere Sr. Clubin.