— Não me reconheceu o senhor? disse Rantaine.
Entretanto ouvio-se um rumor de remos no mar. Era a barcaça observada pelo guarda-costa que se approximava.
O Sr. Clubin disse a meia voz como se fallasse comsigo:
— A cousa foi rapida.
— Em que precisa de mim? perguntou Rantaine.
— Pouca cousa. Ha quasi dez annos que nos não vemos. O senhor ha de ter feito bons negocios. Como está de saude?
— Bem, disse Rantaine. E o senhor?
— Perfeitamente, respondeu Clubin.
Rantaine deu um passo para o Sr. Clubin.
Um pequeno som chegou aos seus ouvidos. Era o Sr. Clubin que armava o revolver.
— Rantaine, estamos a 15 passos. É uma boa distancia. Fique onde está.
— Ah! mas o que quer o Sr. de mim?
— Venho conversar.
Rantaine não se mecheu. O Sr. Clubin coutinuou:
— O senhor matou agora mesmo um guarda-costa, Rantaine levantou a aba do chapéo e respondeu:
— Já me fez a honra de dizel-o.
— Em termos menos precisos. Disse ha pouco: um homem; agora digo: um guarda-costa, O quarda-costa tinha o n. 619. Era um pai de familia. Deixa mulher e cinco filhos.
— Deve ser assim, disso Rantaine.
Houve um imperceptivel tempo de silencio.
— São homens escolhidos estos guarda-costas, disse Clubin, quasi todos antigos maritimos.