— 113 —

O Homem limitava e resguardava no levante a massa inteira do escolho, que era limitado, ao poente, pelas duas Douvres.

Todo o escolho, visto a vôo de passaro, apresentava um rosario recurvado de rochedos, tendo em uma ponta as Douvres e na outra o Homem.

O escolho Douvres, visto em seu conjuncto, era apenas a immersão de duas gigantescas laminas de granito tocando-se quasi e cahindo verticalmente, como uma crista de montes que estão no fundo do oceano. Ha fora do abysmo essas exfoliações immensas. A lufada e a onda tinham recortado essa cristã como uma serra. Via-se apenas o cimo, era o escolho. O que a onda escondia devia ser enorme. A viela onde a tempestade tinha atirado a Durande, era o centro dessas duas laminas collossaes.

Essa viela, em zig-zag como o relampago, tinha quasi em todos os pontos a mesma largura. O oceano fel-a assim. O eterno tumulto produz suas regularidades estranhas. Sobe d’agua uma geometria.

De um cabo a outro da garganta, as duas muralhas da rocha faziam-se face paralellamente a uma distancia que a Durande media quasi com exactidão entre as duas Douvres; o esvasamento da pequena Douvre, recurvada e voltada, dera lugar ás caixas das rodas. Em qualquer outro lugar as caixas ficariam quebradas.

A dupla fachada interna do escolho era hedionda. Quando na exploração do deserto de agua chamado Oceano, chega-se ás cousas ignotas do mar, torna-se tudo surprehendente e disforme. Aquillo que Gilliatt, do alto do casco, podia vêr na garganta