curvas de fecundação, encontros de ajuntamento e de combate, profusões inauditas, distancias que parecem sonhos, circulações vertiginosas, mergulhos de mundos no incalculavel, prodigios perseguindo-se nas trevas, um machinismo definitivo, sopro de espheras em fuga, rodas que se sente andarem; existe e esconde-se; é inexpugnavel, fora de alcance. Fica-se convencido até á oppressão. Tem-se em si uma evidencia negra. Nada se póde agarrar. Esmaga-nos o impalpavel.
Por toda a parte o incomprehensivel: em parte alguma o intelligivel.
E a tudo isto accrescentai a terrivel questão: esta Immanencia é um Ser?
Está-se debaixo da sombra. Olha-se. Escuta-se.
Entretanto a terra sombria caminha e rola, as flôres tem consciencia desse movimento enorme; a silena abre-se ás onze horas da noite e a emerocala ás cinco horas da manhã. Impressivel regularidade.
Em outros profundidades a gotta d’agua faz-se mundo, o infusorio pulula, a fecundidade gigante sahe do animaculo, o imperceptivel ostenta a sua grandeza, o sentido inverso da immensidade manifesta-se; uma diatoméa produz em uma hora um milhar e trezentos milhões de diatoméas.
Que proposição de todos os enigmas ao mesmo tempo!
Está ahi o irreductivel.
Constrange-se-nos á fé. Crer por força, eis o resultado. Mas para estar tranquillo não basta ter fé. A fé tem uma estranha necessidade de fórma. Dahi