que soprava, e que era sudoeste, era exactamente o vento que lhe era preciso.
Entrava o primeiro quarto de lua de Maio; os dias eram longos.
Quando Gilliatt, terminada a pesquiza dos rochedos e mais ou menos satisfeito do estomago, voltou para a garganta das Douvres, onde estava a pança, já o sol cahira no poente, e o crepusculo redobrava com aquelle meio luar que se póde chamar o luar do crescente; a maré, que tinha enchido completamente, começava a vasar. O cano da machina de pé acima da pança estava coberto pela espuma da tempestade de uma camada de sal que a lua embranquecia.
Isto lembrou a Gilliatt que a tempestade deitára dentro da pança muita agua de chuva e do mar, e que, se quizesse partir no dia seguinte, era preciso esvasiar a barca.
Tinha verificado, ao deixar a pança para ir procurar carangueijos que havia cerca de seis pollegadas de agua no porão. A pá de esgoto bastaria para deitar essa agua fóra.
Chegando á pança, Gilliatt teve um movimento de terror. Havia na pança perto de dous pés de agua.
Incidente terrivel, a pança fazia agua.
Enchera-se pouco a pouco durante a ausencia de Gilliatt. Carregada como estava, vinte polegadas de agua era sobre posse. Mais um pouco e a pança iria a pique. Se Gilliatt chegasse uma hora mais tarde, só acharia fóra d’agua o casco e o mastro.
Não podia perder um minuto em deliberação.
Era preciso procurar o buraco, tapa-lo, depois esvasiar a barca, ou ao menos allivia-la. As bombas