Lelio. Eu, Oſmîa porém, tenho aſſaz fortes
Motivos de rogar-te que preſcindas
Do antigo trajar.
Oſmîa. Ah! fora inutil
O teu rogo, Pretor.
Lelio. Com tudo, Oſmîa,
Attender a meu rogo juſto fóra.
Oſmîa. Quer dizer que, podendo, naõ empregas
Hum rigido preceito?
Lelio. Naõ, Princeza
Tao groſſeiro nao ſou: os Ceos conhecem...
Oſmîa. Baſta baſta, Pretor, conheça Oſmîa
Que ſeu juſto dictame tu reſpeitas.
Deſte dia cançado quando o termo
Deſejado chegar, aos Luſitanos
Habitos tornarei.
Lelio. Já que naõ queres
Hum prazer conceder-me, que debalde
Naõ fôra concedido, mais naõ inſto...
Oſmîa. Reconheço, Pretor, quanto abatida
Huma eſcrava...
Lelio. Naõ mais ah! nao profiras
O nome indecoroſo.
Oſmîa. Obediencia...
A ſeu ſenhor devêra.
Lelio. Se proſegues
Com tao improprios termos... mas? de Eledia
Ainda me naõ fallas? Eu julgava
Que ao vêlla para ſempre deſterraſſes
A funeſta triſteza, que te occupa.
Oſmîa. Huma Eſpoſa, Pretor, que a cada inſtante
Teme infauſtas noticias do conforte,
Naõ faz pouco ſe vive. A meſma Eledia
Meus cuidados, meus ſuſtos naõ condemna.
Ah! ſe ſabes, Senhor, que vivo exiſte
Bem que eſteja cativo o triſte Eſpoſo,