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PAQUITA

Os primeiros clarões da madrugada
Vem rompendo no ceo. O matto agreste,
Que as encostas da serra alcantilada
E os cabeços mais proximos reveste,
Exhala vivo e salutar perfume
Nas correntes da brisa embalsamada.


Vem rompendo a manhã; fatal momento,
Hora maldita para os dois amantes!
O sol desponta já no firmamento;
Restam apenas mais alguns instantes,
E depois, santo Deus! depois, quem sabe
Por quanto tempo viverão distantes!


Separados devia ter escripto
Em vez do termo de que usei acima;
Porém, mudando o que ficava dito,
Era forçoso desmanchar a rima,
E tu, leitor bondoso e compassivo,
Desculpas-me de certo este delito.