aquella maneira ao nome de Castro Alves, e habitos não se desarraigam facilmente, maximé no Brasil.

O poeta bahiano já era um morto, já era um nome consagrado, como chefe de um movimento litterario, para toda a gente sulista, que não lê publicações do norte, e sabe menos do que se passa em Pernambuco do que dos acontecimentos da China ou do Turkestan.

Eram idéas feitas, assentadas, posta em circulação e operando já no organismo nacional como acção reflexa.

Qualquer tentativa de perturbar tão inveteradas ideias tinha de ser hostilmente recebida.

Eis toda a psychologia da cousa.

E’ isto e nada mais. A principio negavam tudo, até a propria existencia e anterioridade do poeta sergipense.

Agora, na impossibilidade de desfazer datas e documentos, apegam-se a uma sonhada superioridade de Castro, que não existe, que nunca existiu.

Convenho em parte que se possam equiparar, descontados os defeitos de lado a lado. E’ o mais que se deve conceder.

Como quer que seja, entretanto, não tenho a fazer agora a analyse e traçar a caracteristica do poeta em Tobias, já feita na Historia da Litteratura Brasileira.

Aproveitarei apenas a occasião para registrar uns versos latinos d’elle, aptos a provar minha affirmativa dos seus extraordinarios conhecimentos da lingua dos mortos, qual chamava—ás vezes o latim, por opposição ao allemão—a lingua dos vivos, que foi a delicia dos seus ultimos annos, como a outra tinha sido a de sua juventude.

O futuro critico o jurista, pintado por malevolos como um extravagante bohemio, já em 1857, aos 18 annos de idade, tinha feito na cidade de São Christovam, capital da provincia, brilhante concurso para o provimento da cathedra de latinidade da villa de Itabaiana sendo n’ella provido.

Leccionou todo o anno de 1858, e, por occasião das férias no derradeiro dia lectivo do anno, isto é, a 30 de novembro, pridie ca-

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