Página:Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923).djvu/155

Pastoral aos crentes do amor e da morte
151

Entre brumas ao longe surge a aurora,
O hyalino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A cathedral eburnea do meu sonho
Apparece na paz do céo risonho
Toda branca de sol.

E o sino canta em lugubres responsos:
Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!

O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma aurea setta lhe scintilla em cada
Refulgente raio de luz.
A cathedral eburnea do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cançados ponho,
Recebe a bençam de Jesus.

E o sino clama em lugubres responsos:
Pobre Alphonsus ! Pobre Alphonsus!