As queixas abafadas que susurrão,
E em voz funerea soluçando vibrão
Um cantico de anathema?
Chamem-te embora balsamo do afflicto,
Anjo do céo que nos alenta os passos
Nas sendas da existencia;
Nunca mais poderás, fada enganosa,
Com teu canto embalar-me, eu já não creio
Nas tuas vãs promessas;
Não creio mais n’essas visões donosas
Fantasticos painéis, com que sorrindo
Matizas o futuro!
Estereis flôres, que um momento brilhão
E cahem murchas sem deixarem fructo
No tronco desornado.
— Vem após mim — ao desditoso dizes; —
Não esmoreças, vem; — é vasto e bello
O campo do futuro; — lá florecem
As mil delicias que sonhou tua alma,
Lá te reserva o céo o doce asylo
A cuja sombra abrigarás teus dias.
Porém — é cedo — espera.
E eil-o que vai com os olhos enlevados
Nas cores tão formosas
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