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Quando infiltras meigos raios
Pelas ramas do arvoredo.
Pallida filha da noite,
Sempre és pura e maviosa;
Fulge-te o rosto formoso
Qual branca orvalhada rosa.
Eu amo teu manso brilho,
Que como olhar amoroso,
Vigilante á noite se abre
Sobre o mundo silencioso,
Ou como em beijo de paz,
Que o céo sobre a terra envia,
Na face d’ella espargindo
Silencio e melancolia.
Salve, ó flôr do ethereo campo,
Astro de meigo palor!
Tu serás, formosa estrella,
O fanal do meu amor.