Essas encostas broncas e sombrias
Serão risonhos parques sumptuosos;
E esses rios, que vão por entre sombras
Ondas caudaes serenos resvalando,
Em vez do tope escuro das florestas,
Reflectiráõ no limpido regaço
Torres, palacios, coruchéos brilhantes,
Zimborios magestosos, e castellos
De bastiões sombrios coroados,
Esses bulcões da guerra, que do seio
Com horrendo fragor raios despejão.
Rasgar-se-hão os serros altaneiros,
Encher-se-hão dos valles os abysmos:
Mil estradas, qual vasto labyrintho,
Cruzar-se-hão por montes e planuras;
Curvar-se-hão os rios sob arcadas
De pontes colossaes; — canaes immensos
Viráõ surcar a face das campinas,
E estes montes verão talvez um dia,
Cheios de assombro, junto ás abas suas
Velejarem os lenhos do oceano!
Sim, ó virgem dos tropicos formosa,
Nua e singela filha da floresta,
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