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alzira a olinda
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Já que affectar te obrigam, e em segredo
De instantes enfadonhos te indemnisa;
Zomba dos seus ardis, e estratagemas:
Dize, entre os braços de um amante charo,
Que mais credulos são, do que te julgam,
Se crêem nos laços seus aprisionar-te.
Se os deleites de amor são só delictos
Quando sabidos são, com véo mui denso
A perspicazes olhos os encobre:
Vinga-te d′esses, que abafar procuram
As doces emoções, que n′alma sentes.

São estes os conselhos de uma amiga
Que os bens te anhela, que ella saborêa,
Sabe, por fim, que quanto mais retardas
Tão ditosos momentos, sem gozal-os;
Quanto mais tempo perdes ociosa
Sem ás vozes de amor ser resignada,
Tanto mais tempo tens de lastimar-te.
Por não têl-o em amar aproveitado.



EPISTOLA V


OLINDA A ALZIRA


Alzira, sou feliz!... Quanto te devo!...
Das tuas instrucções é tal o fructo.
Quanto encarava em torno era a meus olhos
De lúgubres idéas feio quadro: