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alzira a olinda
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Ah! deixa-me expirar aqui de gosto!...
Não mais rubor, Alzira, não mais pejo!...»

Eram brazas, que as carnes me queimavam,
Seus dedos, os seus beiços, sua lingua!
Sim; sua lingua, bem como um corisco,
Abriu rapida entrada, onde engolphadas
Todas as sensações luctavam junctas:
Pela primeira vez dentro em mim mesma
Senti gerar-se subita mudança,
Com que de envolta mil deleites vinham.
Communicou-me sua raiva Alcino,
E na lasciva acção, que proseguia,
Tal int'resse me fez tomar, que eu propria
A seus intentos me prestei de todo.
Entre incessantes gostos doces gotas
Brotavam sobre os toques impudicos:
Mas quando, ao crebo impulso, extasiada
Cheguei ao cume do prazer celeste,
Ardente emanação de intimos membros,
Que electrisavam fogos insoffriveis.
Inundou o instrumento das delicias.
Como se ao crime seu vibrassem pena.
Ou antes dessem premio: affadigado
Na maior languidez, quasi em deliquio,
Alcino veio ao meu unir seu rosto.

N′este instante, eu não sei que desejava;
Sei que o primeiro ensaio dos prazeres
Em vez de suffocar activas chammas,
Scentelhas transformou em labaredas,
Infundiu-lhes vigor inextinguivel.