Não mandou Elle ao mundo, em lucto e trévas,
Consolação e luz?
Acaso em vão algum desventurado
Curvou-se aos pés da cruz?
A quem não ouve Deus? Sómente ao impio
No dia da afflicção,
Quando pésa sobre elle, por seus crimes,
Do crime a punição.

Homem, ente immortal, que és tu perante
A face do Senhor?
És a junça do bréjo, harpa quebrada
Nas mãos do trovador!
Olha o velho pinheiro, campeiando
Entre as neves alpinas:
Quem irá derribar o rei dos bosques
Do throno das collinas?
Ninguem! Mas ai do abeto, se o seu dia
Extremo Deus mandou!
Lá correu o aquilão: fundas raizes
Aos ares lhe assoprou.
Suberbo, sem temor, saíu na margem
Do caudaloso Nilo,
O corpo monstruoso ao sol voltando,
Medonho crocodilo.