uma coberta de palha. Eu não diche? Óia onde é que ele tá enterrado.
– Curvaram-se todos curiosamente e os cães, que haviam acompanhando os donos, metiam-se pelo mato, aos galões, como se buscassem alguma presa. Quando os vaqueiros tornaram à estrada o negro, que ia para o Cabuçu, tendo de os deixar, despediu-se depois de haver apagado o cachimbo.
– Adeu gente. Ocês foi falar de tanta cosa que eu não sei como vou por esses mato sozinho. Óia, fogo já não levo, não que não quero história no caminho. Jirimia tá aí e Jirimia não tinha medo de nada.
– E ocê tá com medo, Simeão? perguntou Mandovi.
– Ocê pensa que eu tenho vergonha de dizer? Tô com medo, sim. Não, meu amigo, pra home ou pra bicho a gente estica uma língua de ferro ou bota fogo e passa, mas com essas cosa do mato virge...! Tomara a gente um buraco mode meter a cara. Deus me livre! Sou home pra outro home cumo eu, mas com encanto não quero encontro, nem de noite nem de dia.
– Quá encanto!
– Quá encanto? poi sim... Ocê fala assim porque nunca se viu aperreado. Vai te fiando. Jirimia também não tinha medo de nada ... e hoje?
– Tá bom, adeu!
– Adeu!
Apartaram-se. O negro seguiu pela estrada larga e alumiada e estendeu a voz: