Quem pode avaliar minhas angústias?
Mimosos do prazer, eia, deixai-me;
De vossa compaixão não necessito,
Vosso riso me ofende.
Estala, oh coração, estala, acaba!
Não tens uma só fibra,
Que ao golpe de uma dor não retinisse.
Por que não deixas o meu corpo, oh alma?
Que fogo de esperança inda te anima?
Oh esperança, quase que me foges!
Não há consolação para o infelice,
Que longe de seus pais, da Pátria longe,
Definha entre pesares.
Que, oh mundo, com dores só misturas
As lições que nos dás? A experiência
Só com dores se colhe,
Como uma flor de espinhos guarnecida?
São inúteis os livros, e os conselhos?
É tudo a experiência?
A experiência é só quem nos ensina
A ciência da vida?