Oh infantil vaidade!
Vós, oh jovens, cuidais que sabeis tudo,
As páginas de um livro apenas lendo.
Dos velhos desprezais os sãos conselhos,
E orgulhosos dizeis: — Hoje a velhice
Lições deve tomar da juventude;
Hoje de nossos pais acima estamos.
Moço sou, como vós sábio julguei-me;
Como vós iludi-me.
Ontem fagueira a sorte se mostrava,
Ria-se a Natureza,
E em sacros laços de amizade estreita
Os homens se apertavam.
Hoje terrível tempestade brama,
Os homens se repelem, se debatem,
Como rábidas feras nas florestas.
Misterioso enigma,
Inexplicável Ser, capaz de tudo,
Fonte de vícios, de virtudes fonte,
Que edificas, que assolas, e que sempre
De ruína em ruína ovante marchas,
Como um Gênio de morte,