Dize, o que és tu, oh homem!
Cala-se a Natureza, e só ressoa
Um grito doloroso
Dos túmulos erguido,
Como um gemido de agoureiro Mocho,
Quando sobre destroços esvoaça.
No peito a destra aplico;
Palpita o coração fraco e pausado,
Atento escuto, as pulsações calculo;
Não me agita o remorso,
Nem espectros a noite me apresenta;
E minha alma tranqüila na tormenta
Como um firme penedo,
Nem a sombra de um crime a entenebrece.
Doce consolação de um peito aflito!
Oh único juiz incorruptível,
Oh meu Deus, ante quem brilha a verdade
Mais clara do que o sol; a cujos olhos
O mais pequeno verme iguala ao homem,