E a Natura descobre os seus arcanos;
Tu, que o meu coração penetrar podes,
Julga tu só e vê se são meus erros
Iguais às minhas dores.
Enganar-te, oh meu Deus, não pode o homem!
Se feia iniqüidade nele habita,
Se mereço o que sofro, ah deixa, deixa
Que os inimigos meus de mim se vinguem.
Não me atendas, Senhor; meus ais despreza.
Deixa expiar meus erros
Na terra, onde este pó ao mal me prende,
Antes que eu suba ao tribunal eterno.
Mas se fala a inocência em meu socorro,
Mostra a verdade, salva-me, e absolve
Aqueles que me infamam;
Que eu os perdôo, oh Deus; por ti o juro;
Sou Cristão; — e o Cristão sofre, e perdoa.