para que não parecessem diante do frade, ter inclinação pelo Inimigo.
Assim o esperavam, quando, pelo caminho que descia da serra, ele apareceu, vergado sob o imenso molho de troncos. O padre imediatamente ergueu alto o crucifixo, e os arqueiros retesaram o arco – e do bando um clamor súbito, enquanto se abaixavam a apanhar as grossas pedras.
Cristóvão parara espantado: - e tão certo estava do amor de todos, que se virou para trás, para ver que inimigo ruim ou homem de temer subia o caminho e despertava assim a cólera da aldeia. Mas o caminho estava vazio, já escuro. E era contra ele que o frade erguia a cruz, os besteiros apontavam os dardos, e os punhos tremiam de cólera no ar!
— Vade retro! Vade retro! – gritava o frade.
— Aos corvos! Aos corvos, o malfazejo! – exclamava a multidão.
Deixando escorregar dos ombros o molho de troncos, que tombou esmigalhando a sebe, Cristóvão ergueu a face, alargou os braços: - e durante um momento o espanto fez tão feia a sua face, que o bando recuou, as mulheres fugiram alçando os braços. Mas o frade, com o crucifixo trêmulo no ar, acumulava os exorcismos; o balio, com a vara, acirrava a multidão – e as pedras partiram, arremessadas com tanto medo, que todas se perderam no mato, em