habitada. Um fumo lento subia, a distância, para o claro céu. Cristóvão alongou para lá os passos. O fumo subia de um casebre queimado; ao lado havia barricas arrombadas; o cadáver de uma vaca, meio seco, desaparecia sob o zumbido das moscas; o pomar estava arrancado e devastado; e em redor todo o solo, a erva, estavam espezinhados, como por um tropel de cavaleiros em marcha.
Cristóvão seguiu, caminhando à beira do regato. Grandes prados verdejavam, cobertos de botões-de-ouro. As ramas dos salgueiros mergulhavam na água fugidia e clara. Os pássaros chalravam na frescura; E no meio desta paz, um moinho com a porta arrombada, e pendente dos gonzos, os grandes paus das velas partidos, as paredes chamuscadas do lume, jazia com a tristeza de um cadáver num prado de Primavera. Cristóvão dirigiu-se para o moinho. De uma árvore meio partida, que se erguia por trás, junto às escadas, pendia um velho enforcado, com uma pedra amarrada aos pés. Ao lado negrejavam os tições apagados de uma fogueira, e junto dela uma lança esquecida.
Cristóvão foi seguindo. Por todo o caminho havia as confusas pegadas de cavaleiros em marcha; todas as sebes estavam rotas; uma ponte rústica fora partida a machadadas; outros casebres apareciam devastados, nus, com o colmo queimado: - e nem uma criatura se via, entre aquelas ruínas.