lavava os braços nus, as pernas, acamava o cabelo que lhe caía revoltamente sobre a túnica de pele de cabra: esmagava sobre as mãos certas plantas que tinham um bom aroma: – e tinha gosto, considerando os seus músculos, em pensar que era forte e airoso. A chegada da noite já o não assustava – antes a apetecia, pelo seu mistério e por aquela sua vasta sombra, que é como uma cor. tina que tudo esconde. Mas como ela era solitária e vazia! Se, ao menos, tivesse, como alguns cenobitas, um companheiro moço, com quem pudesse passear, naquelas veredas do monte, passando o braço sobre o seu ombro!
Juntos cantariam os hinos santos – e murmurariam, um ao outro, para se fortalecerem, as tristezas dos seus corações. Oh! se algum desses monges, que erram de mosteiro em mosteiro, ou dos que percorrem, para se instruir, os retiros dos Solitários, ali passasse, naquelas serranias!
As palmeiras do seu horto bastariam para sustentar dois ou três irmãos – e na sua caverna havia espaço para abrigar outros sonos...
Com uma esperança, sem razão, ficava então espreitando longas horas, debruçado do seu eirado; e ante os seus olhos, cravados na penumbra, fatigados de esperar, surgiam, então, imagens estranhas: – um canto de rua, com flores pendentes de um terraço; um pátio, com uma