Oh Onofre, a terra cansada é por ti que suspira! Vem.
E Onofre passou longamente as mãos pela face, sorrindo. E deu um passo, depois outro, com o pulso já preso na garra do homem de púrpura. E ia, como no esplendor de um sonho, todo feito de certeza!... César esperava por ele para confessar a fé! Por que não? O imperador Constâncio escrevera duas cartas a Antão, e as patrícias de Alexandria faziam a travessia do Deserto, para beijar os joelhos chagados de Pacómio. E a sua vida não fora menos terrível que a desses Solitários magníficos! Não havia forma de dor que ele não tivesse atravessado: – e as suas lágrimas de penitência, juntas, podiam fazer um rio no Deserto! Mas, enfim, Deus elegia-o para o feito melhor dos tempos! E ele marchava, firme, sob o olhar contente do Céu! Todo o erro ia desaparecer da Terra; e desde o primeiro dia, ele persuadiria o imperador a exilar os heréticos para os confins das nações, onde começam as neves e os mares tenebrosos. Todos os templos seriam destruídos, e queimados os livros dos filósofos que perpetuam o erro. Depois, reformaria as igrejas da Ásia. E, num grande concílio, a doutrina pura seria estabelecida, para sempre imutável. Então, começaria uma grande paz divina. Que obra! Que obra! Ao lado do imperador, ele percorreria as províncias. Mas para si não queria honras,