divinas, e da cruz de escravo, em que a Vítima tomara sobre si todos os pecados humanos.
Assim, oh! alegria! Onofre, fora trazido para entre almas quase irmãs! Nos olhos negros das duas raparigas, que se erguiam para ele, brilhava um calor de fé. E o velho, alargando os braços, murmurava ainda com ardor:
– Oh homem justo, que sabes a natureza dos deuses, e as coisas que estão para além da vida, fica na nossa morada, come do nosso pão!
No coração de Onofre ia um grande alvoroço. Fora por acaso, por determinação do Senhor que ele viera, trazido do fundo do ermo, para que sob o seu ensino a Verdade, já em botão, de todo florescesse naquelas almas simples? Então o Senhor convertia, a privação da sua penitência, na glória de um apostolado! Por quê? A noite de agonia, de onde vinha, fora bastante resgatadora, para que sobre ele descesse já a misericórdia do Céu?... Não lhe competia a ele, servo do Senhor, penetrar os motivos de seu Amo. Para entre aquelas almas, onde já se enterrara a boa semente, fora ele trazido – e só lhe cumpria trabalhar como bom lavrador, no campo precioso que Deus lhe confiava. E humildemente murmurou:
– Pois que de mim necessitais, entre vós ficarei.
E ficou – escolhendo logo para morar um